quinta-feira, 25 de agosto de 2011

In versos

O amor enquanto apenas ideal
é cinema, é enigma, poema, carícias secretas
desejos, promessas, explanações
Enquanto proibido
é jogos, encontros, elogios
vontades, fugas, esconderijos

Porém, é esdrúxulo quando faz-se permitido
o amor quando fato consumado
quando entregas o teu corpo
a tua alma, as tuas vísceras
sem dó, sem medo
É distante, é fosco
Desconforto, receio, é alheio
É disfuncional, deliciosamente doloroso

E de bom, nos resta apenas o botequim
As rodas de viola e o aroma quente da cama
Fazendo-se segredo novamente
Mas, dessa vez, dentro do peito de cada um
Uma espécie de paixão com gosto de café frio
Paixão medrosa, naturalista
alimentando o fogo da boemia
que reside em nós

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

A luz de domingo

Como parecia deliciosa a luz do sol naquele domingo
que intensificava o branco daquele leito
a cor daqueles olhos negros e a cor daquela pele alva
Como parecia delicioso o som daquela risada
daqueles gemidos sussurrados
e daqueles sussurros gritados que diziam
"Faz de mim poesia, me tem"

Em vão, pois não obtinham resposta...

terça-feira, 2 de agosto de 2011

A aparição da tristeza

Não apareça assim sem mais nem menos
Tristeza
Não faça do meu corpo seu templo
Desapareça
Não transpareça, não seja visível
Em sua grandeza
Porque sou só
Porque só sou