segunda-feira, 18 de julho de 2011

Um primeiro poema

E de repente o afago se torna frio
De repente o que calo me dói fio a fio
e saí corrompendo todo o meu eu visceral
entre esses calos
e dentro desse ciúme
e dentro desse sem fim
Sem fim em dizer-te que amo
Enfim e sem fim algum
(só o de amar-te)
Mas às vezes você parece tão distante
e tenho medo que minhas asas não suportem voar no frio daí
Mas às vezes você me abraça
e vejo que você é diferente de tudo que já senti
E por fim, vou te amando
calando e dando passos em tua direção
aprendendo a lição, chegando perto
aprendendo a lidar e seguindo.

Um comentário:

  1. você escreve muito bem. a melhor palavra é aquela que é doída, sentida, autobiográfica... até você tomar experiência o bastante para criar sem ser sentido. no início, quando começamos a nos aventurar com as palavras, a melhor maneira de conseguir chegar ao menos próximo do que possa ser literatura, é escrevendo o que vivemos, o que sentimos. a dor ajudar a escrever bem, é claro que é preciso muita sensibilidade para escrever com a dor. a sua - de ver quem você ama amando outra pessoa - está te fazendo escrever muito bem. continue assim. e quanto a dor... é difícil a sensação de inércia vendo quem você gosta se afastar cada vez mais dos teus braços. é dor sem tamanho imaginar que ele vai amar outra pessoa, não é?

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