quinta-feira, 25 de agosto de 2011

In versos

O amor enquanto apenas ideal
é cinema, é enigma, poema, carícias secretas
desejos, promessas, explanações
Enquanto proibido
é jogos, encontros, elogios
vontades, fugas, esconderijos

Porém, é esdrúxulo quando faz-se permitido
o amor quando fato consumado
quando entregas o teu corpo
a tua alma, as tuas vísceras
sem dó, sem medo
É distante, é fosco
Desconforto, receio, é alheio
É disfuncional, deliciosamente doloroso

E de bom, nos resta apenas o botequim
As rodas de viola e o aroma quente da cama
Fazendo-se segredo novamente
Mas, dessa vez, dentro do peito de cada um
Uma espécie de paixão com gosto de café frio
Paixão medrosa, naturalista
alimentando o fogo da boemia
que reside em nós

4 comentários:

  1. muito bom esse... remete um pouco o Barroco, mas desesperadamente moderno. muito bonito, garota!

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  2. Quanto ao que você apagou, deveria ter deixado.... espero que não tenha apagado pelas minhas palavras. eu critico muito mais do que faço elogios. E quanto ao agradecimento pela visita - não agradeça, eu entrei por simples curiosidade porque uma pessoa que admiro te admira, e me falou de suas palavras. e só voltei a ler e fazer uma 2,3 e 4 visita porque eram bons.

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  3. Não se preocupe! Aquele texto foi apagado porque, para mim, ele havia perdido todo seu encanto e sentido... e nada restava dele. Foi como se eu tivesse percebido que ele era um equívoco ou algo semelhante.

    Agradeço sua visita porque normalmente as pessoas passam por aqui e simplesmente ignoram essa página. Se você tece críticas, isso significa que você, de certa forma, deu alguma importância ao que leu. E eu nunca aprendi nada com elogios.

    Mas agora fiquei curiosa, quem é essa tal pessoa que falou de mim?

    Abraços :)

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  4. isso é coisa que não pode ser dita. digamos que foi o universo, certo?!

    "e nada restava dele"

    não creio.

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