quinta-feira, 15 de setembro de 2011

A desvivência

Repouso meu corpo nas entranhas do tédio
regando o desviver e a disfunção do viver
de respirar profundo
respirar pesado dentro dos suspiros da inércia do ser.

O que seria de mim, afogada,
se não fosse essa inconstância do meu eu lírico
se não fosse a agitação desse peito
que acontece enquanto deito e respiro e observo
Os segundos que sem pressa partem
E os terceiros que fogem de minha retina...

Inerte, meu corpo se torna meu túmulo
onde as mariposas nervosas do desejo procuram
desesperadamente
por um feixe de luz
uma saída.

Enquanto isso, do lado de fora de mim
o vento atravessa as folhas sem fazer algum ruído
Eu observo e respiro:
Toneladas de existência.

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