sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Peguei-me

Eu, cheia de mim e do que sou
E da minha coleção de amores de quinze minutos
Mas, ah!, se eu pudesse ter-te em minha coleção...
Juro que te colecionaria sempre por mais alguns instantes!

Mas pergunto-me:
Seria amor ou apenas ego?
Pois já fostes brinquedo meu
que nem senti desejo quando tinha.
Agora... me desespero em carícias solitárias!
Enfatuada, espero religiosamente por indícios teus...
E vejo defeitos e tantos defeitos em ti!
Que não entendo porque quero-te agora
E quero-te. Apenas.
Será, pois, porque torturas minha alma,
essa que já não possuo mais...

Tu procrastinas nossos encontros
E devoras-me com teu silêncio.
Por favor, devora-me!
Por que adias tanto?
Será jogo, truque, jeito
de fincar meu coração vadio ao chão?
Peguei-me
dessa vez, presa em teus grilhões.
Ainda estou cheia de mim
Cheia! Abusada!
Pois o que quer que seja que estejas fazendo
meus cumprimentos, está funcionando.

Mas me diz, será?
Será que estás fazendo isto?
Ou estou apenas louca com o meu orgulho?
De que não cais de amores por mim
que não ardes de desejo por minha pele
e não consigo aceitar isso...
O que será?
Será febre de paixão
ou delírios mentais?
Em ambas as hipóteses, estou louca
O que serei?
O que serás...

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