Aquela caixa está vazia
Aquela porta, fechada
Aquela casa, inabitável
Aquela pessoa, incapaz
Aquele coração, frio
Aquela respiração, cansada
Aqui dentro, nada.
terça-feira, 6 de setembro de 2016
quarta-feira, 13 de janeiro de 2016
Amorfo
Olhava para a folha
em branco e de lá nada saia. Nenhuma história surgia nas pontas dos
dedos do escritor e sua cabeça nada mais era do que um limbo branco
e vazio, onde ele vagava pela dor de precisar e não conseguir
escrever.
O bloqueio criativo
o deixava deprimido, desde criança seus pais e professores o
rotularam como escritor e o disseram que era a única coisa que ele
conseguia fazer direito. Lembrava da noite passada, de quando seu pai
o telefonou e o falou sobre a sua mente brilhante e o universo único
que habitava em sua cabeça. “Por que você não escreve outro
livro?”, o pai do escritor disse, e depois de horas e muito café a
página ainda estava em branco.
O universo único de
que seu pai lhe falara parecia ter sumido completamente e tudo que
conseguia enxergar era um prédio que via pela janela e que ainda
estava em construção. Imaginava o prédio anos à frente, ainda
inacabado e habitado por pessoas que não tinham abrigo. Tentava
imaginar a vida das pessoas lá, mas não conseguia imaginar o nome
de nenhuma delas, nem seus rostos, nem suas cores. Pessoas sem face
habitando um prédio velho que nunca fora acabado.
Depois que as
pessoas sem face se estabeleceram no prédio inacabado, começaram a
surgir grupos rivais, surgiam pessoas que se ajudavam, surgia sexo
sem amor e crianças sem face que nasciam de noites de bebida e
irresponsabilidade. “Talvez elas não tenham face porque o prédio
não tem face”, pensou consigo mesmo e percebeu que o universo de
que seu pai lhe falara nunca fora embora – sem nomes, sem rostos,
inacabado, mas vívido com suas histórias de dor.
Eis que descubro,
então, que durante o tempo todo o escritor sou eu.
segunda-feira, 11 de janeiro de 2016
Sobre a primeira morte que chorei
Ainda são poucas as palavras que consigo escrever sobre a morte de David Bowie, mas é fato que nenhuma morte até hoje me desestabilizou tanto quanto a sua.
Como não sou critica musical, pouco posso falar sobre a sua trajetória na área além do que já foi escrito e destrinchado pela internet no dia de hoje.
Mas se me permitem o espaço para falar o que sinto, o que sinto é que Bowie é parte de mim.
Bowie me ensinou a gostar de mim mesma. De cada pedacinho, de cada esquisitice. Bowie me ensinou a ser quem eu quero, a fazer o que eu quero, porque esse é o caminho da felicidade para os espíritos livres. Bowie me fez sentir compreendida, me fez compreender que não estou sozinha. Acredito que muitos de nós já sentiram que mesmo sem nenhum contato, Bowie nos conhecia. Bowie me fez sentir parte do cosmos. Bowie me fez feliz. Bowie me ensinou coisas sobre o amor também. Bowie me inspirou.
Como não sou critica musical, pouco posso falar sobre a sua trajetória na área além do que já foi escrito e destrinchado pela internet no dia de hoje.
Mas se me permitem o espaço para falar o que sinto, o que sinto é que Bowie é parte de mim.
Bowie me ensinou a gostar de mim mesma. De cada pedacinho, de cada esquisitice. Bowie me ensinou a ser quem eu quero, a fazer o que eu quero, porque esse é o caminho da felicidade para os espíritos livres. Bowie me fez sentir compreendida, me fez compreender que não estou sozinha. Acredito que muitos de nós já sentiram que mesmo sem nenhum contato, Bowie nos conhecia. Bowie me fez sentir parte do cosmos. Bowie me fez feliz. Bowie me ensinou coisas sobre o amor também. Bowie me inspirou.
segunda-feira, 16 de novembro de 2015
Diário de um escritor fora de si
10 de novembro de 2015
Olá,
mais uma vez.
Pra você, viajante do tempo, que encontrou mais um de meus textos espalhados por arquivos digitais ou analógicos, de um tempo em que nem eu mesma me (re)lia.
Quantas vezes sentei aqui e disse pra mim mesma que começaria a escrever meu livro? Mas as palavras, em vez de serem escritas, voltam para dentro de mim. Apagadas e inseridas dentro de mim, em cada pedaço da minha estrutura química, lá estão escritas.
Também já mencionei a tantos amigos que estava escrevendo um livro, mas a verdade é que nenhuma das palavras do livro conseguiram sair de mim de verdade. É um processo contínuo de autoenganação ou como você prefira chamar. O livro, a essa altura, talvez nem exista mais. Eu não tenho mais controle algum sobre o livro.
11 de novembro de 2015
Mais um dia...
Tomei um clonazepam inteiro há meia hora. Observo um outro comprimido me encarando do outro lado da mesa e que, farejando a iminência de um ataque de ansiedade, vem se aproximando centímetro por centímetro até que minha mão esquerda o possa alcançar.
Não há cigarros pela casa. Talvez eu possa culpar minha possível próxima crise pela dependência de nicotina. Alguém acreditará em mim?
Sinto como se tivesse voltado à estaca zero no meu recente progresso emocional. Eu sei que a impressão que tenho não é mais que um momento de cegueira - talvez amanhã ou depois as coisas voltem ao normal.
Tenho trabalhado em alguns trabalhos encomendados, isso ocupa a minha a cabeça e me dá a falsa noção de que eventualmente terei dinheiro para fazer a maioria das coisas que sempre quis ter. What a fool.
Que sejam fechadas as portas! Que a vida venha e faça de mim o que quiser! Que me prive, que me maltrate! Há algum tempo comecei a aceitar que, eu não tenho controle algum da minha vida.
16 de novembro de 2015
Preciso mesmo cumprimentar o meu diário mais uma vez? É como dar bom dia para alguém que dormiu ao seu lado.
Essa montanha russa. Ao mesmo tempo que é libertador resolver pendências, encaixar todas as peças emocionais corretamente, é assustador. É sobrecarga e é paradoxal - enquanto esvazio as mágoas passadas ou recentes, sinto tudo mais uma vez antes de expelir.
E nada posso esperar além de que da explosão surja uma nova e brilhante estrela.
Olá,
mais uma vez.
Pra você, viajante do tempo, que encontrou mais um de meus textos espalhados por arquivos digitais ou analógicos, de um tempo em que nem eu mesma me (re)lia.
Quantas vezes sentei aqui e disse pra mim mesma que começaria a escrever meu livro? Mas as palavras, em vez de serem escritas, voltam para dentro de mim. Apagadas e inseridas dentro de mim, em cada pedaço da minha estrutura química, lá estão escritas.
Também já mencionei a tantos amigos que estava escrevendo um livro, mas a verdade é que nenhuma das palavras do livro conseguiram sair de mim de verdade. É um processo contínuo de autoenganação ou como você prefira chamar. O livro, a essa altura, talvez nem exista mais. Eu não tenho mais controle algum sobre o livro.
11 de novembro de 2015
Mais um dia...
Tomei um clonazepam inteiro há meia hora. Observo um outro comprimido me encarando do outro lado da mesa e que, farejando a iminência de um ataque de ansiedade, vem se aproximando centímetro por centímetro até que minha mão esquerda o possa alcançar.
Não há cigarros pela casa. Talvez eu possa culpar minha possível próxima crise pela dependência de nicotina. Alguém acreditará em mim?
Sinto como se tivesse voltado à estaca zero no meu recente progresso emocional. Eu sei que a impressão que tenho não é mais que um momento de cegueira - talvez amanhã ou depois as coisas voltem ao normal.
Tenho trabalhado em alguns trabalhos encomendados, isso ocupa a minha a cabeça e me dá a falsa noção de que eventualmente terei dinheiro para fazer a maioria das coisas que sempre quis ter. What a fool.
Que sejam fechadas as portas! Que a vida venha e faça de mim o que quiser! Que me prive, que me maltrate! Há algum tempo comecei a aceitar que, eu não tenho controle algum da minha vida.
16 de novembro de 2015
Preciso mesmo cumprimentar o meu diário mais uma vez? É como dar bom dia para alguém que dormiu ao seu lado.
Essa montanha russa. Ao mesmo tempo que é libertador resolver pendências, encaixar todas as peças emocionais corretamente, é assustador. É sobrecarga e é paradoxal - enquanto esvazio as mágoas passadas ou recentes, sinto tudo mais uma vez antes de expelir.
E nada posso esperar além de que da explosão surja uma nova e brilhante estrela.
quinta-feira, 29 de outubro de 2015
Sobre mim
De onde vem seu nome?
Meu nome, Ranayana, apesar de parecer com mil coisas, que eu saiba, não tem origem ou significado nenhum. Foi escolhido pela minha mãe, que também escolheu nomes estranhos para os outros filhos. Depois de muito bullying na infância, passei a gostar do nome. É excêntrico e raro.
O sobrenome Almeida, por outro lado, é bem comum. Era o sobrenome do meu avô materno, que nunca conheci (ele morreu quando minha mãe tinha apenas 16 anos), e desde bem pequena ela sempre me contava histórias de como ele era um homem bom. O pai mais bondoso, carinhoso e firme que já existiu. Se um dia eu tiver um filho, espero poder dá-lo o nome do meu avô - Antonio.
Qual é a sua altura?
1,69. Achava que ia crescer mais que isso, mas ok, né...
Qual a cor do seu cabelo?
Originalmente, segundo cabeleireiros, loiro escuro acinzentado. Desde 2011 pinto o cabelo de ruivo.
Qual seu perfume preferido?
Gosto do cheiro de lírios.
Qual seu livro preferido?
A valsa dos adeuses, de Milan Kundera.
Se você pudesse conhecer qualquer pessoa, quem seria?
Serge Gainsbourg (que morreu há muito tempo, apesar de aparecer nos meus sonhos)
Pegue o livro mais próximo de você e abra-o na página 23. Transcreva a linha 17.
Nesses assuntos/ o melhor é nada ver.
No que você mais pensa?
Em viajar.
Alguém já escreveu um poema ou uma música que tenham tido você como inspiração?
Já, poemas e músicas. :)
Você tem alguma fobia?
Larvas, minhocas, vermes etc. Odeio qualquer tipo de bicho que pareça que vá se infiltrar na sua pele.
Qual é a sua religião?
Desde criança eu era fascinada com a ideia de encontrar um deus. Era, para mim, a existência de magia. Segui vários segmentos do cristianismo por algum tempo, pesquisei outras religiões. O resultado de tudo: silêncio. Então decidi esquecer a procura e absorver apenas os aspectos positivos que encontrei em cada religião - do cristianismo ao taoísmo, e, exatamente por isso, vejo a religião como uma muleta, mas é necessário deixar claro que não vejo essa muleta de uma forma negativa.
Se você está fora de casa, o que é provável que esteja fazendo?
Bebendo.
Banda favorita? E cantor(a)?
Arcade Fire. Tom Waits.
Quais são suas maiores fraquezas e suas maiores forças?
Fraquezas (nas quais estou trabalhando): complexo de inferioridade, tendência a criar comparações, baixa autoestima, desorganização, falta de determinação, arrogância.
Forças: self-awareness, sensibilidade, inteligência, capacidade empática, capacidade de assumir que estou errada.
Como você libera a sua raiva?
Bebendo, fumando, machucando a minha própria pele e, por vezes, agindo de forma pueril e vingativa.
Se você pudesse se transformar em um animal, que animal você seria?
Uma raposa ou um honey badger.
Você coleciona alguma coisa?
Canecas.
Você está feliz com a pessoa que se tornou?
Sim, muito.
Diga um som que você odeia e outro que você ama.
Odeio gritos em discussões.
Amo o som dos carros e pessoas de manhã cedo indo para o trabalho, aula...
Você acredita em paranormalidade? E alienígenas?
Paranormalidade, realmente não sei. Alienígenas: probabilisticamente falando, acredito que há formas de vida (não necessariamente como imaginamos e vemos nos filmes de ficção) num universo tão grande.
Estique seu braço direito. Qual é a primeira coisa que alcança?
Uma carteira de marlboro vermelho.
Faça o mesmo com o braço esquerdo.
Uma caneca de café.
Inspire profundamente, que cheiro você sente?
Meu próprio cheiro.
Qual é o pior lugar em que já esteve?
Não consigo imaginar nenhum lugar específico, mas as casas de algumas pessoas me passam uma energia ruim.
Para você qual é o propósito da vida? Onde devemos chegar e o que fazer?
Viver, existir. Não há caminho certo, fórmula certa. Produzir algo que contribua, mesmo que muito muito muito minimamente, com a história do universo.
Você dirige? Se sim, já bateu com um carro?
Não dirijo.
Qual o pior machucado que você já teve?
Quebrei uma janela com a mão aberta. Tenho uma cicatriz de aproximadamente uns 10 cm.
Você tem alguma obsessão?
Adivinhar finais de jogos, filmes, livros e séries. Adivinhar a intenção das pessoas. Descobrir segredos de outras pessoas. Acho que isso pode ser resumido com "obsessão em saber de tudo antes das outras pessoas".
Você costuma guardar rancor de pessoas que te fizeram algum mal, direta ou indiretamente?
Tento deixar ir embora e o tempo é muito bom (na maioria das vezes muito eficiente) com isso.
Mas, claro, algumas vezes guardo uma pequena fração do rancor dentro de mim... e às vezes demoram anos até que se vá embora.
Qual o seu signo? Você acredita em astrologia?
Aquário com ascendente em Gêmeos e lua em Aquário. Vênus em Sagitário. Não acredito de todo (nunca acredito piamente em nada), mas acho interessante. Segundo a astrologia eu sou uma pessoa muito muito inteligente, liberal e cabeça aberta. Acho que não faz mal acreditar nisso aí... hahahaha
Qual foi a última coisa que você comprou?
Ingredientes para fazer chocolate quente.
Amor ou luxúria?
Os dois, em excesso.
Qual é sua arma secreta para fazer com que as pessoas gostem de você?
Simpatia. Usada cuidadosamente, sinceramente e seletivamente com pessoas que eu quero ao meu redor.
O resto que se foda.
Onde está seu melhor amigo agora?
No seu home office, na sala ao lado de onde estou.
Você é o tipo de pessoa que gostaria de ter como amiga?
Óbvio.
Qual música faz você se sentir feliz?
https://open.spotify.com/user/1281531263/playlist/6MYyW7K2SrwJxEhywEqtvR
Na sua opinião, o que faz um relacionamento ser especial?
Compatibilidade sexual e intelectual.
O que te atrai?
Conhecimento.
O que você quer que esteja escrito no seu epitáfio?
Talvez seja clichê, mas Edgar Allan Poe foi minha primeira paixão literária...
"All that we see or seem is but a dream within a dream"
Ou, mais curto e objetivo (e que tenho gravado na pele):
"Es muss sein"
Quais são suas cores preferidas?
Azul e preto.
Se você pudesse escolher dois superpoderes, quais seriam?
Onisciência conta como superpoder? E invisibilidade, claro.
Quem é sua atriz preferida?
Fico entre Emma Stone e Ellen Page.
Qual o seu filme preferido?
Sonhos, de Akira Kurosawa.
O que você queria ser quando crescesse?
Astronauta.
Qual sua flor preferida?
Begônias.
Por último, que palavra te define?
outsider.
Meu nome, Ranayana, apesar de parecer com mil coisas, que eu saiba, não tem origem ou significado nenhum. Foi escolhido pela minha mãe, que também escolheu nomes estranhos para os outros filhos. Depois de muito bullying na infância, passei a gostar do nome. É excêntrico e raro.
O sobrenome Almeida, por outro lado, é bem comum. Era o sobrenome do meu avô materno, que nunca conheci (ele morreu quando minha mãe tinha apenas 16 anos), e desde bem pequena ela sempre me contava histórias de como ele era um homem bom. O pai mais bondoso, carinhoso e firme que já existiu. Se um dia eu tiver um filho, espero poder dá-lo o nome do meu avô - Antonio.
Qual é a sua altura?
1,69. Achava que ia crescer mais que isso, mas ok, né...
Qual a cor do seu cabelo?
Originalmente, segundo cabeleireiros, loiro escuro acinzentado. Desde 2011 pinto o cabelo de ruivo.
Qual seu perfume preferido?
Gosto do cheiro de lírios.
Qual seu livro preferido?
A valsa dos adeuses, de Milan Kundera.
Se você pudesse conhecer qualquer pessoa, quem seria?
Serge Gainsbourg (que morreu há muito tempo, apesar de aparecer nos meus sonhos)
Pegue o livro mais próximo de você e abra-o na página 23. Transcreva a linha 17.
Nesses assuntos/ o melhor é nada ver.
No que você mais pensa?
Em viajar.
Alguém já escreveu um poema ou uma música que tenham tido você como inspiração?
Já, poemas e músicas. :)
Você tem alguma fobia?
Larvas, minhocas, vermes etc. Odeio qualquer tipo de bicho que pareça que vá se infiltrar na sua pele.
Qual é a sua religião?
Desde criança eu era fascinada com a ideia de encontrar um deus. Era, para mim, a existência de magia. Segui vários segmentos do cristianismo por algum tempo, pesquisei outras religiões. O resultado de tudo: silêncio. Então decidi esquecer a procura e absorver apenas os aspectos positivos que encontrei em cada religião - do cristianismo ao taoísmo, e, exatamente por isso, vejo a religião como uma muleta, mas é necessário deixar claro que não vejo essa muleta de uma forma negativa.
Se você está fora de casa, o que é provável que esteja fazendo?
Bebendo.
Banda favorita? E cantor(a)?
Arcade Fire. Tom Waits.
Quais são suas maiores fraquezas e suas maiores forças?
Fraquezas (nas quais estou trabalhando): complexo de inferioridade, tendência a criar comparações, baixa autoestima, desorganização, falta de determinação, arrogância.
Forças: self-awareness, sensibilidade, inteligência, capacidade empática, capacidade de assumir que estou errada.
Como você libera a sua raiva?
Bebendo, fumando, machucando a minha própria pele e, por vezes, agindo de forma pueril e vingativa.
Se você pudesse se transformar em um animal, que animal você seria?
Uma raposa ou um honey badger.
Você coleciona alguma coisa?
Canecas.
Você está feliz com a pessoa que se tornou?
Sim, muito.
Diga um som que você odeia e outro que você ama.
Odeio gritos em discussões.
Amo o som dos carros e pessoas de manhã cedo indo para o trabalho, aula...
Você acredita em paranormalidade? E alienígenas?
Paranormalidade, realmente não sei. Alienígenas: probabilisticamente falando, acredito que há formas de vida (não necessariamente como imaginamos e vemos nos filmes de ficção) num universo tão grande.
Estique seu braço direito. Qual é a primeira coisa que alcança?
Uma carteira de marlboro vermelho.
Faça o mesmo com o braço esquerdo.
Uma caneca de café.
Inspire profundamente, que cheiro você sente?
Meu próprio cheiro.
Qual é o pior lugar em que já esteve?
Não consigo imaginar nenhum lugar específico, mas as casas de algumas pessoas me passam uma energia ruim.
Para você qual é o propósito da vida? Onde devemos chegar e o que fazer?
Viver, existir. Não há caminho certo, fórmula certa. Produzir algo que contribua, mesmo que muito muito muito minimamente, com a história do universo.
Você dirige? Se sim, já bateu com um carro?
Não dirijo.
Qual o pior machucado que você já teve?
Quebrei uma janela com a mão aberta. Tenho uma cicatriz de aproximadamente uns 10 cm.
Você tem alguma obsessão?
Adivinhar finais de jogos, filmes, livros e séries. Adivinhar a intenção das pessoas. Descobrir segredos de outras pessoas. Acho que isso pode ser resumido com "obsessão em saber de tudo antes das outras pessoas".
Você costuma guardar rancor de pessoas que te fizeram algum mal, direta ou indiretamente?
Tento deixar ir embora e o tempo é muito bom (na maioria das vezes muito eficiente) com isso.
Mas, claro, algumas vezes guardo uma pequena fração do rancor dentro de mim... e às vezes demoram anos até que se vá embora.
Qual o seu signo? Você acredita em astrologia?
Aquário com ascendente em Gêmeos e lua em Aquário. Vênus em Sagitário. Não acredito de todo (nunca acredito piamente em nada), mas acho interessante. Segundo a astrologia eu sou uma pessoa muito muito inteligente, liberal e cabeça aberta. Acho que não faz mal acreditar nisso aí... hahahaha
Qual foi a última coisa que você comprou?
Ingredientes para fazer chocolate quente.
Amor ou luxúria?
Os dois, em excesso.
Qual é sua arma secreta para fazer com que as pessoas gostem de você?
Simpatia. Usada cuidadosamente, sinceramente e seletivamente com pessoas que eu quero ao meu redor.
O resto que se foda.
Onde está seu melhor amigo agora?
No seu home office, na sala ao lado de onde estou.
Você é o tipo de pessoa que gostaria de ter como amiga?
Óbvio.
Qual música faz você se sentir feliz?
https://open.spotify.com/user/1281531263/playlist/6MYyW7K2SrwJxEhywEqtvR
Na sua opinião, o que faz um relacionamento ser especial?
Compatibilidade sexual e intelectual.
O que te atrai?
Conhecimento.
O que você quer que esteja escrito no seu epitáfio?
Talvez seja clichê, mas Edgar Allan Poe foi minha primeira paixão literária...
"All that we see or seem is but a dream within a dream"
Ou, mais curto e objetivo (e que tenho gravado na pele):
"Es muss sein"
Quais são suas cores preferidas?
Azul e preto.
Se você pudesse escolher dois superpoderes, quais seriam?
Onisciência conta como superpoder? E invisibilidade, claro.
Quem é sua atriz preferida?
Fico entre Emma Stone e Ellen Page.
Qual o seu filme preferido?
Sonhos, de Akira Kurosawa.
O que você queria ser quando crescesse?
Astronauta.
Qual sua flor preferida?
Begônias.
Por último, que palavra te define?
outsider.
terça-feira, 27 de outubro de 2015
CATIVA
Tantos meses mantida em cativeiro,
em um quarto escuro,
eu não lembrava mais como era meu corpo,
a cor da minha pele ou a beleza do meu rosto.
O passado parecia um borrão,
especialmente quando se tratava de lembrar-me de quem eu era,
o meu nome,
o meu gosto,
as minha obsessões
e os meus desejos.
Até minha ideologia.
Naquele quarto escuro,
eu não conseguia lembrar-me da minha ideologia.
Perdi a noção do tempo.
A comida, no escuro, não tinha gosto.
Todos os dias deitada naquele chão que eu nem conseguia enxergar.
As vozes e os sons que ouvia de fora me deixavam em pânico,
mas eu não conseguia gritar...
só chorar em silêncio,
enquanto eu arranhava minha própria pele
para não esquecer de que eu ainda estava ali.
Em vão.
Aquela não era a minha própria pele.
em um quarto escuro,
eu não lembrava mais como era meu corpo,
a cor da minha pele ou a beleza do meu rosto.
O passado parecia um borrão,
especialmente quando se tratava de lembrar-me de quem eu era,
o meu nome,
o meu gosto,
as minha obsessões
e os meus desejos.
Até minha ideologia.
Naquele quarto escuro,
eu não conseguia lembrar-me da minha ideologia.
Perdi a noção do tempo.
A comida, no escuro, não tinha gosto.
Todos os dias deitada naquele chão que eu nem conseguia enxergar.
As vozes e os sons que ouvia de fora me deixavam em pânico,
mas eu não conseguia gritar...
só chorar em silêncio,
enquanto eu arranhava minha própria pele
para não esquecer de que eu ainda estava ali.
Em vão.
Aquela não era a minha própria pele.
terça-feira, 29 de setembro de 2015
MEDÍOCRE
Quando eu te encontrei, meu amor,
naquela noite tão comum de nossas vidas
nada brilhou, a lua não apareceu
nosso primeiro beijo nunca aconteceu
porque eu desviei o rosto
e o beijo que aconteceu depois
não mexeu com meu estômago
não mudou minha vida.
Daquela noite, não me recordo de quase nada
só de como eu odiava o vestido que eu usava
e de que tu fumavas um cigarro ruim.
No dia seguinte, acordei em tua cama
leito comum
de tantas outras
e segui para o trabalho.
A vida foi juntando nossos dias
porque era conveniente
e nós casamos
sem nenhuma comemoração
só pra eu oficialmente cuidar de tua casa.
O tempo foi passando
Os filhos foram nascendo
e eu só era feliz e sossegada quando tu viajavas
porque eu podia culpar a distância pela falta de amor em nosso lar.
Agora teu rosto me é feio novamente
e não faz diferença se estás aqui.
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