Construí um abrigo
Com destroços
De coisas minhas que acabei por destruir
E fui compondo
Como se fosse canção
Colocando pedra por pedra
Paus e pedras
De coisas que eu gostava de mim
E que você já não gosta mais
Entrei no abrigo
E ele desmoronou sobre mim
As pedras feriram
E eu fiquei trancada sozinha
Sem luz
É que eu antes nunca tinha conseguido enxergar
Que sou poeta, e não arquiteta
E você nunca conseguiu aceitar
Que há coisas que eu não posso fazer.
sábado, 31 de dezembro de 2011
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
E esfregar o rosto no travesseiro
Dormir-te em teus braços
dormir-te em mim
E meu corpo fácil e vulnerável
controla a mão que incessável
deseja no corpo teu, tão fácil quanto,
acariciar.
Fecha teus olhos
Não há nada mais puro que um beijo teu ao acordar
Fecha teus olhos
e dorme ao meu lado
Até o dia em que nossos corpos fáceis, juntos,
dormirão, lado a lado,
em sono eterno.
dormir-te em mim
E meu corpo fácil e vulnerável
controla a mão que incessável
deseja no corpo teu, tão fácil quanto,
acariciar.
Fecha teus olhos
Não há nada mais puro que um beijo teu ao acordar
Fecha teus olhos
e dorme ao meu lado
Até o dia em que nossos corpos fáceis, juntos,
dormirão, lado a lado,
em sono eterno.
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
De ser antes de ser: grande
Comecei a viver cedo demais.
E, com isso, comecei a me arriscar antes de todo mundo.
O universo nunca passará de sorte,
de um grande conjunto de coincidências desornedas,
descontroladas, alheias ao nosso mortal controle.
Não vim ao mundo para desperdiçar minhas palavras e meu amor.
Isso surge no meu peito e não posso ignorá-lo.
E é grande demais para não permiti-lo que seja só porque eu ainda não sou grande.
A vida é a própria sorte.
E, com isso, comecei a me arriscar antes de todo mundo.
O universo nunca passará de sorte,
de um grande conjunto de coincidências desornedas,
descontroladas, alheias ao nosso mortal controle.
Não vim ao mundo para desperdiçar minhas palavras e meu amor.
Isso surge no meu peito e não posso ignorá-lo.
E é grande demais para não permiti-lo que seja só porque eu ainda não sou grande.
A vida é a própria sorte.
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
O ideal
Meu corpo gela, nu,
Enquanto a mão trêmula escreve esses versos.
Escreverei um romance para que assim,
em meu imaginário,
exista alguém que me ame.
Um amor que apesar de viver no mundo das ideias
Não é ideal
Mas que há de dar-me carinho
Poesia e caos
O caos flamenjante das paixões avassaladoras!
E, confesso, este amor não precisa me durar muito
Porém, é inegável que se o mesmo fosse recorrente
muito me agradaria.
Enquanto espero, meu corpo seca;
está quente.
Visto-me, deito-me e esqueço-me de viver.
Enquanto a mão trêmula escreve esses versos.
Escreverei um romance para que assim,
em meu imaginário,
exista alguém que me ame.
Um amor que apesar de viver no mundo das ideias
Não é ideal
Mas que há de dar-me carinho
Poesia e caos
O caos flamenjante das paixões avassaladoras!
E, confesso, este amor não precisa me durar muito
Porém, é inegável que se o mesmo fosse recorrente
muito me agradaria.
Enquanto espero, meu corpo seca;
está quente.
Visto-me, deito-me e esqueço-me de viver.
Peguei-me
Eu, cheia de mim e do que sou
E da minha coleção de amores de quinze minutos
Mas, ah!, se eu pudesse ter-te em minha coleção...
Juro que te colecionaria sempre por mais alguns instantes!
Mas pergunto-me:
Seria amor ou apenas ego?
Pois já fostes brinquedo meu
que nem senti desejo quando tinha.
Agora... me desespero em carícias solitárias!
Enfatuada, espero religiosamente por indícios teus...
E vejo defeitos e tantos defeitos em ti!
Que não entendo porque quero-te agora
E quero-te. Apenas.
Será, pois, porque torturas minha alma,
essa que já não possuo mais...
Tu procrastinas nossos encontros
E devoras-me com teu silêncio.
Por favor, devora-me!
Por que adias tanto?
Será jogo, truque, jeito
de fincar meu coração vadio ao chão?
Peguei-me
dessa vez, presa em teus grilhões.
Ainda estou cheia de mim
Cheia! Abusada!
Pois o que quer que seja que estejas fazendo
meus cumprimentos, está funcionando.
Mas me diz, será?
Será que estás fazendo isto?
Ou estou apenas louca com o meu orgulho?
De que não cais de amores por mim
que não ardes de desejo por minha pele
e não consigo aceitar isso...
O que será?
Será febre de paixão
ou delírios mentais?
Em ambas as hipóteses, estou louca
O que serei?
O que serás...
E da minha coleção de amores de quinze minutos
Mas, ah!, se eu pudesse ter-te em minha coleção...
Juro que te colecionaria sempre por mais alguns instantes!
Mas pergunto-me:
Seria amor ou apenas ego?
Pois já fostes brinquedo meu
que nem senti desejo quando tinha.
Agora... me desespero em carícias solitárias!
Enfatuada, espero religiosamente por indícios teus...
E vejo defeitos e tantos defeitos em ti!
Que não entendo porque quero-te agora
E quero-te. Apenas.
Será, pois, porque torturas minha alma,
essa que já não possuo mais...
Tu procrastinas nossos encontros
E devoras-me com teu silêncio.
Por favor, devora-me!
Por que adias tanto?
Será jogo, truque, jeito
de fincar meu coração vadio ao chão?
Peguei-me
dessa vez, presa em teus grilhões.
Ainda estou cheia de mim
Cheia! Abusada!
Pois o que quer que seja que estejas fazendo
meus cumprimentos, está funcionando.
Mas me diz, será?
Será que estás fazendo isto?
Ou estou apenas louca com o meu orgulho?
De que não cais de amores por mim
que não ardes de desejo por minha pele
e não consigo aceitar isso...
O que será?
Será febre de paixão
ou delírios mentais?
Em ambas as hipóteses, estou louca
O que serei?
O que serás...
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
A desvivência
Repouso meu corpo nas entranhas do tédio
regando o desviver e a disfunção do viver
de respirar profundo
respirar pesado dentro dos suspiros da inércia do ser.
O que seria de mim, afogada,
se não fosse essa inconstância do meu eu lírico
se não fosse a agitação desse peito
que acontece enquanto deito e respiro e observo
Os segundos que sem pressa partem
E os terceiros que fogem de minha retina...
Inerte, meu corpo se torna meu túmulo
onde as mariposas nervosas do desejo procuram
desesperadamente
por um feixe de luz
uma saída.
Enquanto isso, do lado de fora de mim
o vento atravessa as folhas sem fazer algum ruído
Eu observo e respiro:
Toneladas de existência.
regando o desviver e a disfunção do viver
de respirar profundo
respirar pesado dentro dos suspiros da inércia do ser.
O que seria de mim, afogada,
se não fosse essa inconstância do meu eu lírico
se não fosse a agitação desse peito
que acontece enquanto deito e respiro e observo
Os segundos que sem pressa partem
E os terceiros que fogem de minha retina...
Inerte, meu corpo se torna meu túmulo
onde as mariposas nervosas do desejo procuram
desesperadamente
por um feixe de luz
uma saída.
Enquanto isso, do lado de fora de mim
o vento atravessa as folhas sem fazer algum ruído
Eu observo e respiro:
Toneladas de existência.
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
In versos
O amor enquanto apenas ideal
é cinema, é enigma, poema, carícias secretas
desejos, promessas, explanações
Enquanto proibido
é jogos, encontros, elogios
vontades, fugas, esconderijos
Porém, é esdrúxulo quando faz-se permitido
o amor quando fato consumado
quando entregas o teu corpo
a tua alma, as tuas vísceras
sem dó, sem medo
É distante, é fosco
Desconforto, receio, é alheio
É disfuncional, deliciosamente doloroso
E de bom, nos resta apenas o botequim
As rodas de viola e o aroma quente da cama
Fazendo-se segredo novamente
Mas, dessa vez, dentro do peito de cada um
Uma espécie de paixão com gosto de café frio
Paixão medrosa, naturalista
alimentando o fogo da boemia
que reside em nós
é cinema, é enigma, poema, carícias secretas
desejos, promessas, explanações
Enquanto proibido
é jogos, encontros, elogios
vontades, fugas, esconderijos
Porém, é esdrúxulo quando faz-se permitido
o amor quando fato consumado
quando entregas o teu corpo
a tua alma, as tuas vísceras
sem dó, sem medo
É distante, é fosco
Desconforto, receio, é alheio
É disfuncional, deliciosamente doloroso
E de bom, nos resta apenas o botequim
As rodas de viola e o aroma quente da cama
Fazendo-se segredo novamente
Mas, dessa vez, dentro do peito de cada um
Uma espécie de paixão com gosto de café frio
Paixão medrosa, naturalista
alimentando o fogo da boemia
que reside em nós
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